A inadimplência do consumidor brasileiro caiu 3,4% no acumulado em 12 meses (de setembro de 2017 a agosto de 2018), segundo dados nacionais divulgados pela Boa Vista SCPC.
Na região Sudeste a análise acumulada em 12 meses a queda foi de -3,1%. Em um primeiro momento, esta queda parece positiva, não é mesmo? Mas não é! Na verdade, as adversidades ocorridas na economia brasileira ao longo dos últimos anos geraram grande cautela nas famílias, inibindo o consumo e a tomada de crédito. Consequentemente, reduziu o fluxo de inadimplência.
Dado o ritmo lento da recuperação da atividade econômica e do mercado de trabalho, a tendência de queda nos registros persiste. É esperado que, com a diminuição da desocupação e de juros menores, ocorra uma evolução mais consistente na demanda por crédito, que deverá colaborar para a manutenção de um ritmo estável do estoque de inadimplência.
E em meio a estas incertezas econômicas, como fazer para manter o fluxo de caixa saudável?
Antes de falar o que fazer você precisa entender realmente o que é fluxo de caixa. O professor universitário Devanir Alves Barbosa, autor do livro "30 Mandamentos Empresariais Para Sua Empresa Não Quebrar. Só Crescer", explica que o fluxo de caixa é um controle vital para uma empresa, é um instrumento fundamental de planejamento e controle financeiro nas operações do dia a dia. É através dele que todo empresário consegue apurar e projetar o montante disponível e necessário para que haja sempre capital de giro suficiente para todas as operações, despesas e eventuais aplicações.
E o seu fluxo, como está saudável? Veja a lista a seguir seis dicas para garantir um fluxo de caixa eficaz e, com isso, ajudar na saúde financeira da empresa.Mas lembre-se: o fluxo de caixa é uma valiosa ferramenta que todo empresário precisa ter. O mais importante, no entanto, é saber usar o fluxo, do contrário de nada valerá!
PARA UM FLUXO DE CAIXA SAUDÁVEL
1. Lance no "contas a pagar" todos os compromissos já assumidos. Convém apontar também os que estão planejados para ocorrerem a curto prazo. Isso amplia a visão;
2. Lance no "contas a receber" todos os valores a receber, já conhecidos ou facilmente estimáveis. É recomendável reservar um campo para apontar a inadimplência e tomar todas as ações para converter em receita (dinheiro);
3. Estime e lance no "contas a pagar" as despesas ainda não líquidas, tais como impostos, contas de água, luz, folha de pagamento etc. Deve ser considerada a sazonalidade dessas contas, suas datas de vencimento e eventuais reajustes;
4. No caso as vendas à vista, como não estão devidamente previstas, exatas de se utilizar valores médios do histórico, leva-se em conta as médias dos meses de movimento mais forte ou mais fraco, recomendando que seja conservador em tais estimativas;
5. O saldo final do fechamento do fluxo de caixa deve corresponder ao valor dos recursos disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas corrente;
6. O fluxo de caixa deve ser um documento de gestão diária do empresário, que de forma sintética analisará e agirá em função:
- Dos registros diários de entradas e saídas;
- Dos pagamentos e recebimentos futuros;
- Da análise do saldo diário e períodos futuros;
- Em situação deficitária: decidir sobre como obter capital de giro;
- Em situação superavitária: decidir sobre investimento e aplicação do recurso.
A forma de elaboração do fluxo de caixa não é importante e até pode ser manual. O fundamental é a exatidão e atualização dos dados e a gestão sobre os mesmos.Se você ainda não segue estes passos, é melhor reavaliar as suas estratégias.
Fonte: acejundiai.com.br